MDB não pode continuar sendo ‘satélite’ de partidos aliados, diz Jarbinhas

Deputado não trabalha com a hipótese de perder as eleições internas do partido

MDB não pode continuar sendo ‘satélite’ de partidos aliados, diz Jarbinhas

Foto: Nando Chiappetta/Alepe

O deputado Jarbas Filho (MDB) diz estar certo da vitória do seu grupo na eleição interna do partido, marcada para o dia 24 de maio, que terá ainda a presença do presidente nacional, Baleia Rossi. Em conversa com a imprensa, nesta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o parlamentar reforçou seus desejos de crescimento da sigla no estado.

“O que não pode mais é o MDB, que foi o maior partido do estado, por vários anos, ficar sendo satélite de partidos aliados. Eu não quero nem ser satélite da governadora, nem ser um satélite do PSB. Eu quero que o partido volte a ser protagonista”, cravou o filho do ex-senador Jarbas Vasconcelos.

Atualmente na base do prefeito João Campos (PSB), que prometeu cargos para emedebistas ainda na campanha, e cumpriu, o MDB é presidido por Raul Henry, que é secretário no Recife. Já o bloco adversário, composto por Dueire e Jarbinhas, são mais próximos da governadora Raquel Lyra (PSD), e devem montar palanque para sua campanha reeleição em 2026.

Decisões para o MDB

As últimas decisões feitas em relação ao futuro do partido em Pernambuco colocaram em xeque a permanência de Raul Henry como presidente. Jarbas Filho e o senador Fernando Dueire formaram uma chapa, cujo objetivo é vencer nas próximas eleições, sem sombra de dúvidas. “Eu não trabalho com essa hipótese [de perder as eleições]. Num pleito desse, vai haver um vencedor e vai haver um vencido, e tem que se respeitar o resultado”, destacou.

Apesar do ambiente hostil contra Henry, Jarbas Filho afirmou que após a eventual vitória de seu grupo, não haverá caça às bruxas aos que votarem no atual presidente. “Nós não fechamos a porta pra ninguém, não estamos pensando nisso agora, porque o que a gente tá pensando agora é em ganhar a eleição no dia 24 de maio. (…) Nós não vamos perseguir ninguém que não estiver com a gente. Passada a eleição, nós queremos dialogar com quem esteve conosco, e também respeitando o espaço dessas pessoas dentro do partido”, pontuou.