Fórum Nacional de Umbanda promove ato contra intolerância religiosa no Recife

Evento marca as celebrações do mês dos Pretos Velhos

Fórum Nacional de Umbanda promove ato contra intolerância religiosa no Recife

Foto: Divulgação/Ascom

O Fórum Nacional de Umbanda realiza, no dia 4 de maio, um ato para combater a intolerância religiosa e promover a paz entre os povos. O encontro acontece em celebração ao mês dos Pretos Velhos, entidade presente no panteão das religiões de matriz africana. Os participantes estarão vestidos de branco, cor que simboliza a paz e a união, no Marco Zero, centro do Recife, a partir das 10h.

O encontro conta com a presença de membros das comunidades da Região Metropolitana do Recife, além de representantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Esta é a segunda vez que o grupo se reúne no Marco Zero, mas marca o primeiro encontro nacional da Umbanda com uma mobilização de tamanha amplitude.

“O combate ao preconceito deve ser diário para o fomento de uma cultura de paz”, afirma Adriana B., presidente do Fórum Nacional de Umbanda. Segundo ela, o evento visa fortalecer os laços entre as diversas tradições religiosas do país e valorizar o papel da Umbanda na construção de uma sociedade mais justa e tolerante.

A Umbanda é uma religião de matriz afro-brasileira que tem como fundamento a junção de diferentes vertentes espirituais e religiosas, com foco na manifestação do espírito para a prática da caridade. “Esperamos inspirar essa união, levando à sociedade a filosofia umbandista, que promove o convívio pacífico e agregador”, acrescenta Adriana.

Os Pretos Velhos são entidades espirituais centrais na Umbanda, representando ancestrais africanos escravizados. Conhecidos por sua sabedoria, humildade e capacidade de cura, costumam se manifestar com o terço na mão e a fala mansa, realizando benzimentos e oferecendo conselhos espirituais, sendo muitas vezes, considerados os “psicólogos dos pobres”.

O dia 13 de maio marca o Dia dos Pretos Velhos e também o aniversário da abolição da escravatura no Brasil. A data é um momento de reflexão sobre o sofrimento, a resistência e a espiritualidade dos povos negros, celebrando sua força, fé e contribuição para a cultura brasileira.

Com informações da assessoria