Motoristas da empresa Vera Cruz recorrem ao MPT para receber indenizações
A empresa encerrou a operação no dia 22 de julho
agosto 13, 2024 - 12:19 pm

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá
Motoristas da empresa Vera Cruz recorreram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para receber indenizações. A instituição encerrou a operação no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) no dia 22 de julho de 2024.
Ao LeiaJá, o presidente da Associação de Benefício Independente dos Rodoviários de Pernambuco (Abirpe), Roberto Carlos Torres, ressaltou que as empresas que assumiram as linhas que faziam parte da Vera Cruz não estão realocando os trabalhadores até o recebimento da indenização.
“A empresa Vera Cruz ela tem um prazo pra fazer isso [indenizar], mas eles estão chamando os trabalhadores por alguns critérios, novatos e os antigos. Primeiro, estão vindo os novatos, mas o problema é que estão dividindo em parcela de até dez meses. Então, se o cara tem um ano, dois anos na empresa, a rescisão é muito pouca e a gente quer que ele receba pelo pé (sic) e os outros que são mais antigos também tem o mesmo direito porque é um grupo”.
E complementa: Então, se vai fechar as portas, indenize o trabalhador e reloque para as empresas que estão assumindo a linha”.
Vera Cruz não comparece à mediação
A tentativa de mediação do MPT entre o Sindicato dos Rodoviários e a Vera Cruz não contou com a participação de representantes da empresa. A reunião virtual estava marcada às 9h30 desta terça-feira (13).
“Infelizmente, a empresa não compareceu. Neste momento, diante da ausência da Vera Cruz, pela segunda vez, ela encerrou esse processo de mediação e agora vai abrir um inquérito contra a empresa Vera Cruz”, antecipou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima.
A reportagem procurou o Ministério Público do Trabalho para mais informações sobre a mediação, mas o órgão ainda não se pronunciou.
Reunião com o TRT sobre a greve dos rodoviários
À reportagem, Roberto Carlos conta que, por volta das 15h, a categoria participa de uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho. “Esperamos que haja um avanço daquilo que já foi firmado lá atrás com quatro reuniões e nós esperamos justamente que eles apresentem uma contraproposta, porque o que foi oferecido, meio por cento, isso é uma vergonha pra gente aceitar isso”, frisa.
Segundo ele, a reunião definirá os rumos da paralisação. “Se não houver avanço na negociação, aí, meu amigo, a gente volta pra rua e vai dar continuidade ao protesto que se iniciou na segunda-feira”.